A ideia de Casa do Povo nasceu de uma preocupação de duas pessoas desta freguesia, Padre Artur Agostinho e o Sr. Humberto, que sentia a falta de algo que viesse ajudar a população.
No Correio dos Açores daquela época havia uma secção denominada –Bilhete-postal da Relva da autoria de José Amáro, onde focava este tema, o que muito contribuiu para ressurgir a ideia na Ribeirinha de haver uma Casa do Povo. Daí, estes dois senhores deslocaram-se à Relva a visitar a Casa do Povo local. Após a visita nasceu uma grande força de vontade em arrancar para tal obra, sendo-lhe dado todo o apoio pelo Sr. José Amaro e pelo Dr.Delegado de trabalho de então.
1955
A Casa do Povo da Ribeirinha foi criada a 27 de dezembro de 1955 conforme definem os seus primeiros estatutos. Como sempre acontece nestas situações começaram a aparecer grandes dificuldades, principalmente em arranjar sítio para instalar a primeira Casa do Povo. O seu grande impulsionador, Padre Artur Agostinho, nunca desanimou e acabou por arranjar um espaço onde pudesse funcionar os serviços da Instituição. Esta ficou a funcionar na loja que tinha sido do Sr. Humberto, cuja casa era pertença da Sra. D. Inês Almeida, que não cobrou um cêntimo de renda e ainda pagou a luz.
1960
Em 1960, a Casa do Povo, passou para a antiga Junta de Freguesia, sendo o seu primeiro enfermeiro, o Sr. António Augusto Braga, cuja memória ainda se mantém bem viva, em prol do bem servir o Povo da Ribeirinha. De salientar que prestou muito serviço grátis à população.
1965
Os sócios foram aumentando e começou a pensar-se na construção de um edifício. Este sonho foi realizado, com o apoio do Sr. Carlos de Paiva, então governador civil, do Sr. Nuno Bettencourt, delegado do trabalho, do Ministro Dr. Proença e com o dinamismo do seu Presidente de então José Adriano Moniz Furtado, foi lançada a primeira pedra no dia 7-11-1965. No ano de 1955, a Casa do Povo foi criada numa época em que se exigia um processo de mudança. Foi um momento de dignificação humana, de organização de uma ação social de boas medidas para o combate de carências que tiveram origem nos modelos dos regimes políticos de outros tempos da história.
Anos 80
Na década de 80 o Governo Regional dos Açores para poder implementar e promover ações de âmbito social e de animação sócio recreativo e cultural utiliza as Casas do Povo para este efeito.
Anos 90
Na década de 90 poder-se-á considerar o momento de expansão, traduzido em vultuosos investimentos nas instalações, intensa cooperação técnica e financeira. As Casas do Povo passaram a ser terminais de segurança social e de saúde, como forma privilegiada de aproximação da administração aos utentes nos referidos sectores. No ano 1999, a Casa do Povo da Ribeirinha atinge a equiparação ao estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social. São estabelecidos muitos e variados acordos de cooperação e parcerias com entidades governamentais e não governamentais que vêm mantendo a Casa do Povo e demonstrando a sua importância na vida da sua Comunidade. O Presidente Álvaro Feijó, conjuntamente com um grupo de pessoas ligadas à educação, candidatou a Casa do Povo ao projeto “Ser Criança” em junho de 1996, com o título “Sementes do Futuro”. A aprovação do mesmo chegou em abril de 1997. Inicialmente, apoiou cerca de 30 crianças com dificuldades de aprendizagem e económicas. No entanto, a adesão ao projeto foi de tal forma positiva que, este passou de 30 a 75 crianças. Esse projeto procurou, também, dar resposta a muitas necessidades da freguesia.
Atualmente
Atualmente, a Casa do Povo da Ribeirinha presta à comunidade, um serviço educativo e de bem estar psicossocial.
Serviços
CATL’s
O espaço do ATL está preparado para receber cada criança de forma a estimular o seu progressivo desenvolvimento. As atividades são desenvolvidas de acordo com as necessidades reveladas pelas crianças e pela sua família e dividem-se entre atividades de estudo e atividades lúdico-pedagógicas.
Centro de Convívio
O Centro de Convívio é uma resposta social que se destina a pessoas autónomas, com vontade de estabelecerem novas relações interpessoais e participarem em atividades culturais. Os utentes podem participar de acordo com as suas capacidades e interesses.
Serviços da Segurança Social
Ajudamos com questões de carácter social, assegurando os direitos básicos, a igual oportunidade, o bem-estar e coesão social a todos os nossos utentes.
Serviços de Ação Social
Neste edifício estão também disponíveis os serviços de Ação Social e cuidados de Saúde para todos os nossos utentes.